Não sou assalariado,
A renda mensal é no bico negociado,
Tem dia que ,não arranjo qualquer um,
Viro religioso,e faço jejum,
Trabalho com venda,
Vendo da roupas até oferenda,
Aqui deixo o cliente satisfeito,
Não tenho diploma,mas dou um jeito,
Arrumo cachaça,e namorado feio,
Carro velho ,e sem freio,
Aqui Trabalho com vários ramos,
É só precisar de alguma coisa que arranjo,
Aqui não tem sinal de tecnologia,
É Trabalho de velho,do jeito da tia,
Celular 📱,aplicativo não mexo nisso,
Mas temos todos tipos de serviço,
Aqui no meu bairro conheço geral,
Mas eles pagam caro do concorrente tal,
Quando aperta as coisas eles param aqui,
A concorrência quer apenas se divertir,
Esse mês ainda não tá garantido,
É uma adrenalina viver de bico,
Mas mês que vem me afirmo,
Toda vez falo isso,
Mas emprego não acho,
Vendendo isso,e aquilo faço meu salário,
A única bolsa que me ajuda,
É aquela velha que coloco pra ir a luta,
Mas tô empreendendo,
Aos poucos crescendo,e aprendendo,
Devagarinho viro empresário,
E vivo certo do meu salário,
E no bico da minha vocação,
Que virou o meu ganha pão,
Que levo pra mesa minha refeição,
Amanhã não sei o que vou jantar,
mas nunca passei uma noite sem mastigar,
A fé que não me deixa faltar,
Um dia sei que chego lá,
Tô passando um perrengue bonito,
Tô vivendo é no gritoooo,
Tô lascado,vivendo no bico,
Faço meu bico no sorriso,
Rindo de nervoso,
Na real tá osso,
E a gente vira em mil,
pra no final gritar...
Só aqui no Brasil.
Ou um palavrão que escapuliu,
Tá osso me dividir em mil,
E não lucrar nem um por cento,
É em MIL agre vou vivendo.